Projeto de extensão apresenta estudo de viabilidade econômica a agricultores

Agência UEL


A Incubadora Tecnológica de Empreendimentos Solidários da UEL (INTES), representada pela equipe do projeto de extensão "Assessoria à Cooperativa de Produção e Comercialização Conquista para implantação de agroindústria de milho crioulo", apresentou no último dia 29 de março o estudo com resultados preliminares das estimativas econômicas de produção e com base nos projetos submetidos e contemplados pela Cooperativa Agroindustrial de Produção e Comercialização Conquista (Copacon), localizada no assentamento Eli Vive.

O estudo foi feito pelo bolsista, Eliézer Ferreira, recém-formado no curso de Ciências Econômicas da UEL. O projeto integra o programa Universidade Sem Fronteiras, coordenado pelo professor Luis Artur Bernardes da Rosa, do Departamento de Administração da UEL. Os resultados foram apresentados durante assembléia geral, com cerca de 160 cooperados das cidades de Londrina, Ortigueira, Arapongas e Reserva.

Foram apresentadas três palestras sobre Conjuntura política e econômica atual para o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra; Estimativas para a agricultura familiar e a chamada pública do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE); e a viabilidade da implantação de uma agroindústria no local.

O projeto de extensão busca assessorar a Copacon nos princípios da economia solidária, acompanhar a implantação do sistema agroindustrial e analisar a viabilidade socioeconômica do projeto, auxiliando nos estudos de mercado para os produtos derivados do milho com ênfase no mercado institucional (compra governamental).

Na palestra, o bolsista Eliézer Ferreira apresentou as justificativas de viabilidade social e econômica do projeto. Além de fomentar a produção dos assentados e cooperados, o beneficiamento da produção agrega valor nos produtos finais, gerando ao final do ano, de acordo com as deliberações coletivas, em investimentos e renda para os cooperados. Outro fator importante é a abertura de postos de trabalho no local. De acordo com a direção da COPACON, serão empregados no complexo agroindustrial, cerca de 20 trabalhadores, gerando trabalho no local e renda para as famílias empregadas. Estes fatores possibilitam a circulação da economia dentro do assentamento, a consolidação do trabalhador rural nas propriedades e uma perspectiva de emprego para os jovens assentados.

De acordo com dados preliminares do Censo Agropecuário de 2017, o Brasil vem enfrentando um envelhecimento da sua população rural. O êxodo rural de jovens apresenta como resultado da falta de perspectivas de renda. Os argumentos apresentados na apresentação da assembléia fazem parte do processo de desenvolvimento local proposto pela Copacon e apresentada pelo bolsista do projeto de extensão da UEL de promover o desenvolvimento social através de empreendimentos coletivos. 

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