Ecoh 2022 traz “A Arte de Governar a Si Mesmo” à Casa de Cultura da UEL

 Agência UEL


A Casa de Cultura da UEL – Divisão de Artes Cênicas recebe, na noite desta terça-feira (9), o espetáculo “A Arte de Governar a Si Mesmo”, dentro da programação do 11º Encontro de Contadores de Histórias de Londrina – ECOH, realizado entre os dias 6 e 19 de agosto. Protagonizado pela atriz e narradora de Niterói (RJ) Daniella D`Andrea, o espetáculo foi construído a partir do conto “O Príncipe, o Mestre e a Águia”, que aborda a história de um príncipe temperamental e desinteressado pela vida de seu povo. Criado com excesso de cuidados por uma rainha viúva, o príncipe passa a ser observado por um ancião.

Lançando mão de um elemento recorrente em inúmeras narrativas clássicas, como em “A Roupa Nova do Rei” (Hans Christian Andersen), os deslizes emocionais de um governante imaturo fazem parte do rol de elementos que buscam provocar o público a refletir sobre o governo de si mesmo, mas também sobre o tipo de governança mais adequada aos anseios da coletividade. “A finalidade última de um governo deveria ser promover a vida, promover a felicidade humana e não a sua completa destruição”, diz em seu texto a protagonista, que atua há mais de 20 anos nas áreas de educação, arte e cultura, e trilhou sua formação como narradora na Escola de Arte Granada, na região serrada do Rio de Janeiro. Professora de artes da rede pública, D`Andrea também é dubladora e manipuladora de bonecos, e coordena projetos sociais destinados a jovens em situação de vulnerabilidade.

Construída em parceria com o também narrador Warley Goulart, “A Arte de Governar a Si Mesmo” ainda se apoia em outras histórias da tradição oral para desenvolver a sua narrativa. São as histórias “A Cidade Melão” (conto da tradição oral do Afeganistão) e “O Cego Abdallah” (tradição oral da Arábia), além de trechos da obra “O Jardim Amuralhado da Verdade”, do poeta persa do século XII, Sanai de Ghazna. 


Daniella D`Andrea define a contação de histórias como um poderoso processo de aprendizagem. “A todo momento, quando contamos uma história, estamos fazendo pontes entre o que é particular, da nossa experiência pessoal, e o que é universal, da experiência humana. O mesmo acontece com o público. Eu acho que isso é apaixonante. É um processo de aprendizagem que não acaba nunca e onde ensinar e aprender é uma via horizontal e também vertical”, diz. 

Questionada, a protagonista reforça que o trabalho tem relação com o momento que o Brasil e o mundo atravessam. “Para onde é que nós vamos, enquanto planeta, enquanto humanidade, se a gente não fizer escolhas que fomentem uma boa governança? A gente considerou importante, trazer histórias que, de alguma maneira, ajudavam a pensar sobre isso. Mas sempre respeitando os níveis de compreensão das histórias”, disse, em entrevista à jornalista Christina Matos. 

O espetáculo, que tem duração de 50 minutos, está marcado para as 19h30, na Casa de Cultura da UEL – Divisão de Artes Cênicas (Av. Celso Garcia Cid, 205, Centro). Os ingressos começam a ser distribuídos gratuitamente no local a partir das 18h30.

11º ECOH

Além da programação artística, o 11º ECOH conta com atividades formativas online, que serão realizadas entre os dias 20 de agosto e 10 de setembro. Os ingressos para acompanhar as atividades estão disponíveis na plataforma sympla.com.br.

O 11° ECOH tem o apoio institucional da Copel – Companhia Paranaense de Energia e é um projeto aprovado pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura (Profice), da Secretaria de Estado da Comunicação Social e da Cultura do Governo do Estado do Paraná. O projeto conta com o apoio da Casa de Cultura da UEL.



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