UEL participa da criação do Fórum de Tecnologias Sociais

Cristiane Medina e Rogério Bufrem Riva, diretor de Tecnologias Educacionais da SEED

A Universidade Estadual de Londrina (UEL) participou, na última quinta-feira (9), do ato de fundação do Fórum Paranaense de Tecnologias Sociais, que reuniu 140 pessoas em Curitiba. A instituição foi representada pela professora Cristiane de Conti Medina, pró-reitora de Extensão em exercício, que recebeu simbolicamente a placa que certifica a UEL como membro fundador do Fórum.

Para José Barros, coordenador do Centro de Referência em Tecnologia Social do Paraná (CRTS/PR), o apoio das instituições de ensino e pesquisa é importante para incorporação da ciência e tecnologia como uma realidade no cotidiano dos municípios. "Na rede estadual de ensino superior, o Paraná possui um capital humano altamente preparado para, através do diálogo e respeito às características próprias de cada comunidade, desenvolver ou aprimorar produtos e técnicas que promovam melhorias na qualidade de vida das pessoas. É mais que ciência aplicada, é o exercício da cidadania", elogia o pesquisador.

Participaram da atividade de fundação do Fórum representantes de instituições públicas e particulares de ensino, do interior e da capital; de organizações não governamentais; do governo estadual e das prefeituras de Curitiba e Pinhais.

O CRTS/PR e o Fórum utilizam a mesma definição adotada pela Rede de Tecnologias Sociais (RTS) e Fundação Banco do Brasil (FBB), onde Tecnologia Social é todo o produto, técnica ou metodologia que, por meio do diálogo com a comunidade que será beneficiada, promova uma transformação social. É o caso dos depoimentos dados durante o evento pelo professor Rubens Ferronato, que desenvolveu uma forma de ensinar matemática para alunos cegos, ou da Trupe Saúde, uma criação de Ricardo Trento que leva arte e alegria para pacientes de instituições de saúde, auxiliando na sua recuperação.

O Fórum Paranaense de Tecnologia Social reunirá iniciativas como estas, executadas ou apoiadas por organizações não governamentais, universidades, institutos de pesquisa, gestores públicos e parlamentares. O objetivo é articular os atores sociais e promover o desenvolvimento de novos projetos, que possam ser incorporados ao rol de políticas públicas dos municípios e governos estadual e federal.

A cerimônia de fundação do fórum teve a presença do gerente nacional de Parcerias, Articulações e Tecnologia Social da Fundação Banco do Brasil, Jefferson de Oliveira. Ele destacou a importância de espaços como este para o crescimento da atividade no Brasil e divulgou o Prêmio FBB de Tecnologia Social, a maior iniciativa de certificação do país. Neste ano, estão em disputa nove prêmios no valor de R$ 80 mil cada. Cinco serão distribuídos regionalmente, conforme a divisão geopolítica do Brasil. Outros quatro serão dados para o projeto de melhor desempenho em categorias especiais: "Direitos da Criança e do Adolescente e Protagonismo Juvenil"; "Gestão de Recursos Hídricos"; "Participação das Mulheres na Gestão de Tecnologias Sociais"; e "Tecnologia Social na Construção de Políticas Públicas para a Erradicação da Pobreza". Até agora, 258 tecnologias já foram inscritas, estando 49 concluídas e 209 em andamento.

A UEL é uma das poucas instituições de ensino no Paraná que já tiveram atividades certificadas pela Fundação Banco do Brasil, com três casos: projetos Leite Bom; de redução do uso de agrotóxicos no cultivo da videira; e do sistema construtivo em madeira de reflorestamento. "A expectativa é ampliar a participação do Paraná neste ano, demonstrando para o resto do país que o estado possui condições de ser um centro de excelência neste tema", reforça Barros.

A próxima atividade externa do Fórum é a Semana de Tecnologias Sociais, que será realizada de 13 a 19 de agosto, em Curitiba. O evento é organizado pelo CRTS/PR, núcleo de estudos do Instituto Paranaense da Juventude. A programação completa e mais informações podem ser encontradas em www.crts.org.br.

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