Equipe da UEL conta como foi o Projeto Rondon
“De
São Paulo e do Paraná, viemos para cá, as forças nós juntamos e em Marianópolis
trabalhamos. Para sempre no coração, isso é Rondon!”. Foi com esse grito de
guerra que as equipes determinadas da Universidade Metodista de São Paulo e Universidade
Estadual de Londrina se uniram para trabalhar em Marianópolis, no Tocantins.
Foram
16 dias de novas experiências e conhecimentos adquiridos através da prática e
vivência com a cultura no norte do país. Os alunos da UEL saíram do aeroporto
de Londrina no dia 13 de julho, às 8h10 e chegaram em Palmas por volta das 20h.
Na capital foram recebidos pelos militares e encaminhados para o 22° Batalhão
da Infantaria onde dormiram para seguir viagem no dia seguinte.
De
ônibus, já com a equipe da Metodista, seguiram para Marianópolis. O local era
quente, fazia cerca de 38°C e por esse motivo, quase não se via os habitantes
da cidade pelas ruas, uma das principais dificuldades encontradas pelos
rondonistas. “Pouca gente ia para as oficinas, algumas a gente buscava na
casa”, revelou a estudante de Administração, Daiani Braga. Assim, algumas
oficinas foram transferidas para o período noturno.
Outra
complicação foi a desconfiança por parte da população, ano de eleição, os
habitantes acreditavam que o trabalho aplicado seria uma forma de algum
candidato se promover. Desta forma, as equipes saíram pela cidade divulgando o
Projeto Rondon, tirando qualquer dúvida a respeito.
A
Professora Rosely ainda explicou que em época de veraneio, muitos moradores saem
para acampar nas praias da região, quem não podia ir ficou na cidade, porém, os
atendidos pelos rondonistas tiveram todo o auxílio e atenção que mereciam e que
necessitavam.
Os
alunos da UEL e da UMESP passaram por toda a cidade, na área urbana e rural,
conversando com a população, mostrando novos métodos de trabalho e formas de
melhorar a produção, procurando oferecer o desenvolvimento sustentável e bem
estar da comunidade.
Durante
o trabalho, os estudantes puderam viver a realidade da região e conhecer muitas
histórias e pessoas, como a Dona Lídia, poetisa de 87 anos, que vive
intensamente, aprendeu a pilotar uma moto com 70 anos e anda pela cidade de bicicleta,
um exemplo de superação.
Os
dias de trabalho acabaram, as equipes se separaram e os alunos da UEL voltaram
à Londrina com muita história pra contar. Em uma conversa, falaram do suco de
murici, da mangaba e caju, do sotaque na região, do calor que enfrentaram e
riram de algumas situações que passaram.
Sobre
a experiência, descobriram o valor do conhecimento e que o pouco aplicado
poderia ser muito para aquela população. A troca de experiências com a comunidade
e com a equipe parceira também foi mencionada como aprendizado adquirido no
Rondon. Com o projeto, os alunos voltaram diferentes do que foram e ao serem
questionados se todo o esforço valeu à pena, uma só resposta consentida por
todos: “repetiria tudo de novo!”.
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