INOVATEC aborda Prêmio Finep e Lei de Inovação
Agência UEL
Programação trouxe a Londrina representantes da TECPAR e da FINEP, que falaram sobre iniciativas que incentivam a inovação e o desenvolvimento
O coordenador nacional do Prêmio FINEP de
Inovação 2013, Carlos Ganem, foi um dos convidados da programação desta
quinta-feira (18), na Feira Paranaense de Inovação Tecnológica -
INOVATEC Regional Londrina. Ele deu detalhes sobre o regulamento do
Prêmio, que deverá distribuir R$ 9 milhões para os participantes. Outro
tema abordado na programação desta quinta foi a Lei de Inovação do
Paraná, que entrou em vigor em fevereiro deste ano. A INOVATEC termina
nesta quinta, à noite, no Hotel Sumatra, no Centro de Londrina. A
iniciativa é da UEL e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior do Paraná (SETI).
Carlos Ganem comparou os anos áureos do rádio e
suas cantoras, nas décadas 40 e 50, e o tempo atual, para dizer que, sem
o espírito da inovação, poderíamos viver ainda hoje como no tempo em
que a maior parte das pessoas se informava exclusivamente pelas ondas do
rádio.
Falou da história da FINEP e disse que
instituição nasceu, em 1967, para financiar a pesquisa e o
desenvolvimento tecnológico do país. Lembrou que foi a FINEP que foi a
responsável pelos recursos que sustentaram a pesquisa da Petrobras para
extrair petróleo do pré-sal, algo que nenhuma outra empresa foi capaz de
fazer.
Disse também que, como financiadora do
desenvolvimento nacional, a FINEP tem hoje uma importância que rivaliza
com a do BNDES. Sobre o Prêmio FINEP de Inovação 2013, disse que as
inscrições estão abertas até 8 de agosto e podem ser feitas via
internet. Existem etapas regionais e uma nacional.
Podem participar pessoas físicas, ONGs, unidades
de instituições de pesquisa e empresas. Os prêmios deste ano somarão R$ 9
milhões. A página do Prêmio FINEP é premio.finep.gov.br.
Lei de Inovação
Já o presidente do Instituto de Tecnologia do
Paraná (TECPAR), Júlio Félix, deu explicações detalhadas sobre a Lei de
Inovação do Paraná. Lembrou que ela foi sancionada no ano passado e
regulamentada por decreto em fevereiro deste ano.
Disse que sua novidade está em regulamentar as relações entre os setores
público e privado no âmbito da inovação tecnológica, permitindo ao
poder público que subsidie iniciativas de empresas privadas nesse
sentido.
Segundo ele, nem todos os Estados têm ainda uma
lei congênere, sendo que a própria Lei Federal de inovação é recente, de
2004. Também os municípios podem ter lei de inovação, mas, por ora,
contam-se nos dedos os conseguiram aprovar uma.
Abordando aspectos da Legislação, disse que hoje
uma empresa pode, sem maior dificuldade, usar infraestrutura pública
para pesquisa - alugar um laboratório de um órgão de pesquisa ou de uma
universidade, por exemplo.
Por outro lado, um servidor público pode receber
gratificação por serviços prestados a uma empresa particular, desde que
esse valor seja custeado pelo próprio serviço. Também existe previsão de
um fundo de investimentos do Estado voltado exclusivamente para o tema
da inovação.
Júlio Félix disse que a lei foi criada para estimular o desenvolvimento tecnológico do Estado, mas sozinha não é suficiente.
"Precisamos das ferramentas", afirmou. E
prosseguiu dizendo que a principal estratégia pensada pelo governo é o
Parque Tecnológico Virtual do Paraná, que está em implantação. Através
dele, será possível atrair investimentos para o Estado com grande
facilidade, porque não será necessário sequer que uma empresa esteja
presente para obter benefícios e fazer trocas com entidades do Paraná.
"A sociedade paranaense tem vocação para inovar. A Lei de Inovação representa o alicerce", finalizou Júlio Félix.
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