Sucesso em aprovações no vestibular refletem qualidade de ensino do CEPV-UEL
Empenho, disciplina e dedicação
são características que não faltam, quando se trata de falar sobre os
instrutores do Curso Especial Pré-Vestibular da UEL (CEPV).Para relatar um
pouco sobre como é a rotina de um estudante da Universidade, que atua em suas
horas vagas como instrutor de cursinho, convidamos três integrantes da equipe,
são eles: Caio Vitor, Jonas Passos e Ricardo Rafalski.
Da esquerda para direita: Caio, Jonas e Ricardo, instrutores entrevistados.
Em um universo tão repleto de
informações e surpresas que nos envolvem constantemente,se empenhar nos estudos
para posteriormente transmitir um ensino com excelência àqueles que precisam absorver
tantos conteúdos, é o desafio que estes instrutores enfrentam a cada dia. Essa prática
pode ser considerada como uma aventura instigante e apaixonante.
Para eles, essa experiência vai
além das quatro paredes da sala de aula. “Nossas atividades aqui vão além de
dar aula. Tem um período que ficamos aqui para dar permanência com os alunos
que vem nos consultar, por exemplo, se ainda existir alguma dúvida sobre o
conteúdo, além de atividades extras. Então, nossas atividades vão muito além
das 20h semanais. Além das aulas, temos atividades como aulas de obras
literárias, o Construindo Gêneros, orientação
profissional também, então são várias outras atividades que não são apenas dar
aula. Considero que isso também é um ponto ímpar do nosso cursinho, pois acaba
favorecendo o aluno” – Caio.
Os personagens com quem se
deparam são dos mais diversos, cada aluno para eles é considerado como um
indivíduo fundamental para a excelência de seu trabalho. O processo de
preparação dos alunos é uma caminhada árdua, que requer muita energia e
dedicação. Quando comparados como agentes de um sonho, é evidente o sentimento
de satisfação, gratidão e dever cumprido que é transmitido por cada um. “Nos
sentimos como parte de um sonho coletivo, não como principais responsáveis pela
concretização deles. O que sempre falamos para o aluno é que o mérito é todo
dele, porque consideramos os resultados como
60% sendo o empenho do aluno, 20%
o professor e 20% o material,
então a parte maior é correspondente a ele. Com certeza é isso que vai levar o
aluno a, posteriormente, ser um engenheiro, um professor, um médico... Quando
após algum tempo, encontramos essa pessoa atuando no mercado de trabalho, é uma
experiência muito gratificante, não só por ter feito parte dessa construção,
mas por ver ela crescendo na vida” – Jonas.
Estes instrutores não se limitam
a apenas aplicar conteúdos para os alunos, eles trabalham no desenvolvimento da disciplina pessoal dos alunos quanto aos estudos.
“Estamos sempre batendo nessa tecla em não ficar só nos conteúdos, a gente está
sempre pegando no pé deles falando: olha, o seu gosto tem que ser pelo
aprendizado! Influenciamos eles a pensar que não é saudável que fiquem
selecionando as matérias com uma visão preconceituosa. Nós passamos para eles
que precisam sempre estar de mente aberta às outras coisas. Todas as
disciplinas se completam” - Ricardo.
Deve-se levar em conta que os
instrutores são alunos da Universidade, e conciliar essas duas atividades não é
algo tão fácil. Isso requer muito tempo e força de vontade. As aulas ministradas
são em período de contra turno com as aulas de seus cursos de graduação. Como
foi dito durante a entrevista: “temos que nos virar para vir pra cá!”. A maioria
desses alunos não exerce a atividade de Instrutor só em busca de um bom retorno
financeiro, até por que o valor que recebem - tendo em vista o tamanho esforço
que é exigido - acaba se tornando um valor simbólico. Diante qualquer situação
eles continuam encarando os desafios de frente, não se intimidando. Para eles o
mais importante é a contribuição que eles terão na vida de seus alunos e também
no seu crescimento profissional.
“Mas, apesar dos empecilhos,nós
fazemos porque gostamos de estar aqui mesmo. Sabemos da importância não só pra
nós enquanto profissionais, mas também para o aluno, em estar proporcionando
esse estudo para ele.E eu acho que quem está aqui hoje é porque gosta, e quer
ajudar mesmo.” -Caio.
O trabalho realizado no cursinho
por toda a equipe é como se fosse uma grande engrenagem, todos devem caminhar
juntos, ouvindo uns aos outros, estando sempre abertos a críticas e sugestões.
O trabalho desses instrutores é acompanhado por pedagogas que os ajudam em seus
métodos didáticos.
Instrutores juntamente com Rita e Darlot coordenadores responsáveis do CEPV.
“Estou aqui há um tempo já, esse
é meu sexto ano lecionando no cursinho da UEL. E assim como os demais, acredito
que, sempre foi muito gratificante, não só no contato com o aluno, mas o
contato mútuo com os instrutores também; são ciclos que estabelecemos aqui. São
muitas pessoas que entram e muitas que saem, alguns tem uma entrada mais tímida
e depois acabam desempenhando suas atividades de maneira regular em um ou dois
anos... Mas, tem outros que ficam até mais de dois anos como no meu caso, e no
caso de mais instrutores, como a Débora, Francisco, Diego e outros... E é muito
gratificante não só com os alunos, mas também com a equipe aqui; a equipe que
se faz presente aqui é uma equipe que a gente não vê fora no campo de trabalho,
sabe?! Não só no aspecto da idade, mas no aspecto do trabalho em si, que é um
trabalho diferenciado” - Jonas.
O ano de 2015 foi marcado por uma
greve geral, que acabou interferindo no desenvolver de atividades. A maior perda
nessa greve foi quanto ao número de alunos que acabaram se desestimulando e
ficaram pelo caminho. Apesar dessas barreiras que surgiram, o resultado final
foi muito satisfatório. Foram 182 alunos aprovados em 38 cursos de graduação da
UEL, sem contar outros alunos que entram em Universidades pelo SISU e PROUNI. Acredita-se
que o número de aprovados irá além dos 182 alunos. Esse resultado foi o melhor
do CEPV nos últimos anos.
“O que sentimos é uma sensação de
dever cumprido. Se tivesse um aprovado já iria ter valido a pena, pela
dificuldade que passamos. Mas, é mérito também dos alunos que, mesmo com todos
esses apesares, continuaram e conseguimos aprovar um número relevante” Caio.
Quando perguntamos se a vontade
deles é de continuar lecionando, eles não hesitam em dizer que sim. “Conseguir
essa vaga de instrutor do cursinho não é algo tão fácil assim. Eu tentei três vezes,
o Jonas quatro e depois que você consegue, é algo que você não quer largar”
Caio.
Estes são profissionais que
precisam ser constantemente reconhecidos, pois, apesar de ainda serem alunos da
Universidade, eles têm papel fundamental na vida de muitos jovens que querem
ingressar na carreira acadêmica. As expectativas para 2016 são as melhores
possíveis e eles esperam que os alunos venham com empenho total e muita força
de vontade para absorver o máximo de conteúdo possível!
Comentários
Postar um comentário