Professores do PDE trocam experiências sobre o programa em encontro de área nesta segunda

Na tarde desta segunda-feira (19), professores da área de Física e Química do Programa de Desenvolvimento Educacional (PDE) da UEL se reuniram no Museu de Ciência e Tecnologia de Londrina, que fica no campus universitário, para conversar sobre as experiências e expectativas acerca do programa. O encontro reuniu quatro professores que já passaram pela formação e a turma ingressante.

O PDE é uma política pública de Estado regulamentado pela Lei Complementar nº 130, de 14 de julho de 2010, que estabelece o diálogo entre os professores do ensino superior e os da educação básica, por meio de atividades teórico-práticas orientadas, tendo como objetivo a produção de conhecimento e melhoras no ensino público paranaense.

 “A importância maior do PDE é trazer para a universidade o professor da educação básica e da escola pública que, às vezes, está afastado há muito tempo de cursos de capacitação. Aqui ele tem um momento para se  capacitar e trocar experiências”, destaca Marcelo Carvalho, professor do Departamento de Física da UEL e coordenador da área de física do programa. “O PDE aprimora a didática do professor e ele serve de multiplicador para a melhoria do ensino”, completa Eliana Silicz, coordenadora da área de química.

Sobre o encontro, Carvalho ressalta que aproximar aqueles que já passaram pela experiência ajuda os ingressantes: “O PDE tem algumas etapas que incluem a produção de um projeto, criação de material didático, aplicação do projeto na escola onde o professor leciona e elaboração de um artigo final. E a gente sempre percebe que o professor novo fica na angústia do que vai acontecer nesse processo”.

Débora Garcia, formada no PDE em 2009, compartilhou sua experiência com a nova turma. Ela classifica sua passagem pelo programa como maravilhosa. “Foi um tempo de parar, estudar e sanar todas as minhas dúvidas para poder realmente melhorar o trabalho em sala de aula”.

O projeto que Débora elaborou durante seu tempo no programa consistia em buscar formas de melhorar os métodos de avaliação de seus alunos. “O PDE te mostra caminhos para sanar as angústias que nós, como professores, temos em sala de aula. A minha angústia era a avaliação. Então aqui foi um tempo que eu tive para estudar teorias sobre avaliação, analisei todos esses estudos, peguei os teóricos que mais vinham de encontro com as minhas questões e, então, montei um trabalho que realmente sanou as necessidades que eu percebia em aula, tanto minhas, quanto dos estudantes”.

Para quem está entrando no programa o momento é de expectativas, como é o caso de Dilma Ferreira. A professora, que leciona física em Andirá, está elaborando um projeto de experimentos de baixo custo. Para ela, a maior dificuldade para os alunos é relacionar a prática com a teoria. “Eles acham que a física é muito difícil e que não vão conseguir aprender. Com esse projeto vai ficar mais fácil para eles enxergarem que a física é coisa do dia-a-dia deles”.

O professor de Física José Vicente Zenf passou pelo programa em 2015. Para ele, o PDE foi um momento de reflexão sobre metodologias didáticas e procedimentos de ensino e aprendizagem. “Eu acho que deveriam existir políticas públicas que permitissem que todos os professores tivessem essa oportunidade, não só depois de certo tempo de carreira, mas já no início. Ao passar no concurso e começar a dar aula, o professor tem que ter esse tempo de parada para estudar didática e metodologias de ensino e aprendizagem. Isso traz grandes ganhos para os estudantes”, defende Zenf.

O PDE se destina aos professores do quadro próprio do magistério da rede pública de ensino, que se encontram no nível II, classe 8 a 11, da tabela de vencimentos do plano de carreira. O professor que ingressa no programa tem garantido o direito a afastamento remunerado de 100% de sua carga horária efetiva no primeiro ano e de 25% no segundo ano do programa. As turmas são abertas anualmente e divididas por áreas de ensino.


Débora apresentou aos novos ingressantes do programa seu projeto, desenvolvido em 2009, que buscava melhorar as técnicas de avaliação em sala de aula 

O professore de física, José Vicente Zenf, defende políticas de formação continuada a professores desde o início de suas carreiras

Turmas 2016-2017 da área de Física e Química do PDE

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