Ministério da Integração premia projeto sobre o Contestado

Agência UEL
Exposição Sangue e Esperança reúne fotografias, artefatos e objetos
utilizados na Guerra do Contestado
O professor Nilson Cesar Fraga, do Departamento de Geociências, do Centro de Ciências Exatas (CCE), e diretor de Planejamento da PROEX, foi um dos vencedores da 4ª edição do Prêmio Celso Furtado, promovido pelo Ministério da Integração Nacional com o objetivo de divulgar estratégias que contribuam para o desenvolvimento regional em todo o país. O projeto de pesquisa e extensão "Vivenciar e agir sobre terras (in)contestáveis - observatório do centenário da Guerra do Contestado", coordenado pelo professor, ganhou menção honrosa na categoria Práticas Exitosas de Produção e Gestão Institucional.

A entrega do prêmio será no próximo dia 5 de dezembro, na sede do Ministério da Integração Nacional, em Brasília (DF). O Prêmio é realizado desde 2010 e estimula projetos e estudos que fomentem o crescimento de municípios e de regiões. A edição deste ano homenageia o geógrafo brasileiro Milton Santos.

O professor Nilson Fraga desenvolve o projeto há aproximadamente 20 anos, beneficiando cerca de 30 municípios que se localizam na divisa entre o Paraná e Santa Catarina. Segundo ele, em comum estas cidades apresentam baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), constituindo o que ele considera uma realidade bastante distinta do que é apresentado nos dois estados. "Estamos falando de um outro Paraná e Santa Catarina, nossas ações buscam melhorar a qualidade de vida nestes locais", definiu o professor.

A pesquisa abrange a região do Contestado, que segundo o professor, caracteriza-se como bolsão de miséria mesmo após 100 anos da Guerra. Segundo ele, as políticas públicas não conseguiram incorporar socioeconomicamente esta região. O projeto premiado é desenvolvido pelo Observatório do Centenário da Guerra do Contestado, que pertence ao Laboratório de Geografia, Território, Meio Ambiente e Conflito - GEOTMAC/UEL, do Departamento de Geociências (CCE). As iniciativas do projeto envolvem eventos junto às comunidades da região, além de estudos prévios sobre a Guerra do Contestado e a Cultura Cabocla, trabalhos de campo, excursões e expedições de catalogação dos sítios históricos regionais.

Exposição segue até o próximo dia 8 de dezembro, no saguão
de entrada da Biblioteca Central (BC)
EXPOSIÇÃO
Para demonstrar um pouco do projeto, começou na semana passada e prossegue até o próximo dia 8 de dezembro, no saguão de entrada da Biblioteca Central (BC) da UEL, a exposição Sangue e Esperança que reúne fotografias, artefatos e objetos utilizados na guerra. O objetivo é aproximar a comunidade universitária desta página da história brasileira, por meio das atividades desenvolvidas pelo projeto de pesquisa e extensão. 

A Guerra do Contestado ocorreu entre 1912 e 1916 e foi resultado da disputa territorial entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal, além da entrada do capital estrangeiro sobre as terras ocupadas secularmente pelos sertanejos. Também chamada de Guerra Santa, o conflito é lembrado pela atuação dos monges junto à população cabocla. Eles eram considerados homens santos, que percorreram o sul do país, especialmente nos anos de 1800 até a primeira metade do século XX. 

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