Projeto oferece aulas de Português para crianças haitianas
Agência UEL
Um grupo de 35 crianças haitianas, moradoras de Cambé, iniciaram esta semana aulas de Língua Portuguesa dentro do projeto de extensão Be UEL, desenvolvido pelo Departamento de Letras Estrangeiras Modernas (LEM), do CCH, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de Cambé. Os estudantes estão matriculados entre o 1º e 5º ano e terão atividades na Escola Municipal Professora Lourdes Gobi Rodrigues, no Jardim Ana Rosa, onde existe a maior concentração de famílias haitianas da cidade. Os demais integrantes do projeto, matriculados em outras escolas, serão transportados para acompanhar as atividades.
De acordo com a coordenadora do Projeto Be UEL, professora Viviane Bagio Furtoso, a iniciativa surgiu a partir de uma demanda trazida pela Secretaria de Educação de Cambé, para apoiar os estudantes haitianos, que apresentavam dificuldades em se comunicar na Língua Portuguesa. A Universidade então abriu um processo seletivo para a contratação de um estagiário para ministrar as aulas na escola por meio do projeto Be UEL.
O projeto de extensão foi criado em 2017, com o objetivo de apoiar o processo de internacionalização da UEL. Entre as ações realizadas estão o Café Intercultural, realizado mensalmente com estudantes estrangeiros, atualização das páginas do site da UEL em Inglês, Espanhol e Francês, além das aulas de Português para Falantes de outras Línguas (PFOL).
A professora afirma que internacionalização não é apenas enviar o aluno da UEL para outros países. "Internacionalizar também é trazer estudantes estrangeiros para a Universidade, incentivando a troca dentro da sala de aula a partir do contato entre alunos", disse Viviane.
Aulas - As aulas serão ministradas no contraturno do período regular da escola pela estagiária Flávia Valéria Bresciani, Bacharelado em Língua e Cultura Francesas da UEL, do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), fluente em francês, a língua oficial do Haiti. Flávia explicou que no início vai observar o nível de entendimento da língua de cada aluno para prosseguir com as aulas.
O projeto também vai promover uma inclusão maior dos pais dos alunos no ambiente escolar. Segundo a secretária de Educação, Cláudia Codato, a rede municipal deve incluir esses alunos cada vez mais no ambiente escolar para que, através da alfabetização eles se sintam acolhidos na comunidade.
(Com informações e FOTO da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Cambé)

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