Projeto VIDA viabiliza coleta de sangue de animais de estimação
Agência UEL
Cerca de 50 cães de Londrina e
região são doadores regulares de sangue do Projeto VIDA, ligado ao
Departamento de Clínicas Veterinárias, do Centro de Ciências Agrárias
(CCA). O projeto de extensão, criado em 2006, recebe em média 10 doações
de sangue por semana. Objetivo é aumentar o número de doadores
regulares, totalizando 300 cães.
Segundo a professora Patrícia Mendes Pereira,
coordenadora do Projeto e diretora do CCA, o número, entretanto, não é
suficiente para atender o grande volume de cirurgias e transfusões
realizadas diariamente pelo Hospital Veterinário (HV).
A professora explica que uma bolsa de sangue
atende até dois cães de pequeno porte ou um de grande porte, mas há
casos em que um animal utiliza duas bolsas de sangue. Com isso, o
estoque do Banco de Sangue de Cães do HV sempre é esvaziado rapidamente.
Por este motivo, Patrícia defende a doação sanguínea como forma de
ajudar a salvar a vida de animais doentes.
Patrícia informa que os principais doadores são
animais das raças Golden, Labrador e Pit Bull. Ela informa que outras
raças também podem doar. Para se tornar um doador, o cão precisa ser de
grande porte, ter entre 2 e 8 anos, pesar mais de 28 quilos, ser
vacinado anualmente, além de ser saudável e manso. A doação pode ser
feita a cada três meses. Vale ressaltar que a fêmea não pode estar no
cio no momento da doação.
Além de ajudar outros animais, os doadores também
recebem benefícios, como exames clínicos e hematológicos a cada doação,
vermifugações periódicas e revacinação anual - após quatros doações
feitas durante o ano.
Professora Patrícia Mendes Pereira, coordenadora do Projeto e diretora do CCA |
Coleta - A coleta é
realizada no Laboratório de Medicina Transfusional do HV. Conforme
informa a professora, o espaço destinado para o procedimento de doação,
inaugurado em 2016, visa atender exclusivamente animais em boas
condições de saúde. O procedimento é realizado na presença do guardião,
com o animal deitado sobre uma mesa, sem sedação.
A professora explica que agulha é colocada na
veia jugular, localizada no pescoço do cachorro. O sangue é coletado
numa bolsa de armazenamento semelhante à humana. São retirados de 400 a
450 ml de sangue, que posteriormente é dividido em duas bolsas: uma com
as hemácias e outra com o plasma sanguíneo.
O concentrado de hemácias é utilizado, em 95% dos
casos, para animais com anemia, além de atender cães que passam por
processos cirúrgicos. Ele pode ser armazenado por até 45 dias em uma
temperatura de 4ºC. Já o plasma fica congelado em temperatura de 37º e
pode ser armazenado por até um ano. É utilizado em animais queimados ou
portadores hereditárias de coagulação, por exemplo.
Projeto - O Projeto VIDA objetiva manter o
estoque do Banco de Sangue de Cães para atender aos animais que chegam
ao HV. A professora almeja atender a todos os hospitais veterinários de
Londrina. Porém, para isso são necessários 300 cães doadores regulares.
Atualmente, o projeto tem cerca de 40
participantes, alunos de todos os anos do curso de Medicina Veterinária,
que atuam em todas as etapas da doação de sangue, desde a triagem,
passando pela coleta, até a transfusão.
Mais informações sobre agendamento e doações no endereço Projeto VIDA .
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