Brinquedo terapêutico minimiza sofrimento em crianças internadas
COM-HU
O projeto é realizado nas
unidades pediátricas do HU de Londrina e trata de uma atividade para minimizar
o medo, estresse e ansiedade.
A
partir do tema de pesquisa de monografia da residente em Enfermagem em Saúde da
Criança, Ester Leonardo, em 2014, surgiu a necessidade urgente de um projeto
para abordar as crianças hospitalizadas, usando a linguagem que elas entendem
por meio de técnica lúdica. Em 2015 iniciou-se o projeto Utilização do
Brinquedo Terapêutico em Crianças Hospitalizadas em uma Unidade Pediátrica,
cadastrado na Pró-Reitoria de Extensão UEL que está em vigência.
Pesquisas
comprovam que crianças que participam do preparo previamente respondem melhor
aos procedimentos do que aquelas que não participaram do momento inicial.
Apesar de muitos estudos mostrarem benefícios, essa prática ainda não está
institucionalizada na rotina das unidades pediátricas. O projeto é realizado nas
unidades pediátricas do Hospital Universitário de Londrina e trata de uma
atividade para minimizar o medo, estresse, ansiedade, orientar sobre a
hospitalização e tirar dúvidas da criança e do acompanhante sobre os
procedimentos aos quais a criança poderá ser submetida, seguindo todas as
etapas da técnica da aplicação do Brinquedo Terapêutico Instrucional (BTI).
A
coordenadora do Projeto de Extensão, professora Rosangela Aparecida Pimenta
Ferrari (Departamento de Enfermagem), afirma que "para aplicar o brinquedo
é solicitada a autorização da família e identificado se a criança está em
condições de participar naquele momento, pois a atividade deve garantir o
conforto e bem estar dentro das possibilidades terapêuticas. Para ela é o
brincar, para nós nesse momento com o boneco (a) personalizado conforme sua
condição de tratamento, interagimos para captar os sentimentos e dúvidas e
fazemos as orientações", explica.
O
projeto está aberto para todos os estudantes da área da Saúde desde o primeiro
ano até o fim do curso. Para novos participantes, as aulas teóricas são
ministradas quinzenalmente durante dois meses, simultaneamente, os ingressantes
acompanham os estudantes de graduação ou enfermeiras residentes que atuam nas
unidades pediátricas. Após esse período, o aluno aplica o BTI com
acompanhamento e, sendo apto nas habilidades teórico-práticas, é inserido nas
escalas semanais. Após esse período, o estudante participa das reuniões
científicas mensais para ajustes da aplicação, da escala e discussões
sobre o cuidado da criança hospitalizada.
"O
BTI não é uma brincadeira, ele funciona mesmo. A gente usa o boneco para
explicar o por que ela está internada, qual procedimento será realizado,
afim de tirar o medo do desconhecido e funciona na prática, a criança fica
totalmente tranquila durante a internação", diz Karolaine Fernanda
Marques, bolsista do projeto.
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