Calçadão da Extensão mostra impacto dos projetos da UEL
Agência UEL
"Estamos mostrando vários serviços realizados em diferentes locais. Podem não ser conhecidos pela cidade toda, mas atuam em lugares específicos, como escolas, distritos e até assentamentos. É uma oportunidade para mostrar para a cidade a grande quantidade de ações que desenvolvemos, mostrando o potencial de transformação que a universidade tem e quanto pode ajudar a sociedade a ter uma vida melhor, e como ela também aprende junto", definiu.
Alunos do curso de Enfermagem, do CCS: aferição da pressão arterial no Calçadão |
Integrantes de cerca de 55 projetos da UEL participaram nesta quarta-feira (15) do 2º Calçadão da Extensão e da Cultura, realizado em frente ao Cine Teatro Universitário Ouro Verde, no Centro de Londrina, como estratégia para melhorar a visibilidade dos serviços prestados nas várias áreas do conhecimento. Os projetos foram expostos em estandes montados no Calçadão para que estudantes e professores pudessem fazer um corpo a corpo com a população.
Além dos projetos, equipes dos órgãos de suplementares e de apoio também participaram da iniciativa, demonstrando parte das atividades que impactam a saúde, cultura e atendimento judiciário. O reitor da UEL, Sérgio Carvalho, explicou que o Calçadão da Extensão foi definido antes do protesto marcado pelas entidades sindicais que representam professores e servidores das Universidades Federais, que agendaram uma manifestação pela educação nesta quarta-feira.
"A UEL está mobilizada com o país para defender o ensino, a pesquisa e a extensão, e estamos aqui propondo e mostrando a contribuição relevante que fazemos", reforçou o reitor. Segundo o reitor, a Universidade foi criada nos anos 70 para atender uma demanda social de formação de mão de obra especializada. Ele explica que a UEL ganhou força e estrutura nas últimas décadas e que hoje é importante demonstrar parte desta estrutura.
A Pró-reitora de Extensão, Cultura e Sociedade, professora Mara Solange Gomes Dellaroza, destacou que os projetos apresentados nesta quinta-feira destacam temas de interesse da sociedade como defesa dos direitos humanos, prevenção do câncer, esporte e inclusão social, pequena produção agrícola. De acordo com a pró-reitora, a Universidade mantém órgãos bastante conhecidos, como o Hospital Universitário (HU).
Alunos e professores dos nove Centros de Estudos divulgaram atividades de projetos de pesquisa e extensão da Universidade |
Projetos - Esta quarta-feira foi um dia diferente para a equipe do projeto "Novos Talentos", coordenado pelo professor Fábio Goulart de Andrade, do Departamento de Histologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB). A proposta é levar alunos do 8º ano do Ensino Fundamental e do 3º ano do Ensino Médio de escolas públicas de Londrina e região para participar de atividades de Ciências e Biologia dentro da UEL.
A atividade consiste em apresentar conteúdos diferentes do que os estudantes tem na escola, proporcionando contato com microscópio, peças anatômicas e peças do Museu de Zoologia. O professor conta que eles fazem também atividades didáticas e brincadeiras, com o foco na aprendizagem e no contato desses alunos com a vida universitária.
O Núcleo Maria da Penha (NUMAPE) também esteve presente no Calçadão da Extensão. Com mais de seis anos de atuação, o projeto atende mulheres que sofrem violência doméstica, proporcionando atendimento nos âmbitos jurídico e psicológico. A coordenadora, professora Claudete Canezin, do Departamento de Direito Privado, explica que no campo jurídico são oferecidos meios para a mulher ter segurança, afastando o agressor do lar.
Além disso, são oferecidos atendimentos psicológicos em parceria com o curso de Psicologia. "A quantidade de mulheres que já conseguimos impedir o feminicídio é muito grande. As mulheres resgatam ou ganham a sua dignidade. Elas podem viver e trabalhar dignamente", afirma.
Equipe do projeto "ABC do jogo" divulga ações e atividades |
Outro projeto presente na ação foi o "ABC do jogo", que apresentou diversos jogos de tabuleiros. Segundo a professora Gisele Franco dos Santos, do Departamento de Estudos do Movimento Humano, alguns deles tiveram origem no Egito, anos antes de Cristo, como o Senet, Yote, Faborona e Mancala. Ela afirma que objetivo do projeto é retomar o contato humano com o lúdico, em jogos que fazem o resgate histórico e estimulam o conhecimento. "Brincar não é só coisa de criança. Todo ser humano tem que ter contato com o lúdico e possibilitamos isso por meio dos jogos". Segundo ela, brincar favorece a saúde mental e emocional.
As intervenções do projeto são presenciais ou por meio do ambiente virtual. A primeira é realizada com jogos e brincadeiras em instituições de ensino. A segunda opção é realizada pelo canal no Youtube, a partir da disponibilização de jogos e dinâmicas em grupo de forma didática para que sejam aplicados para qualquer área, não só na Educação Física. Segundo a professora, já são 11 mil inscritos, inclusive com acesso de pessoas de outros países, que solicitam legendas dos vídeos em inglês e espanhol.
Calçadão da Extensão movimentou o Centro de Londrina |
Depoimentos - Antônio Marcos de Oliveira Almeida, servidor do Centro de Educação Física e Esporte (CEFE) da UEL, estava acompanhado da filha, que também brincava com os jogos do projeto. Ele se diz muito feliz em poder rever a Universidade em contato com a população. "É por meio dos projetos de extensão que se estabelece essa relação", testemunhou.
Já Fabian Bordon Trelha, diretor de Ciência e Tecnologia da CODEL, também acompanhou o evento. Ele conta que se graduou pela Universidade e afirma "o que me fez ficar em Londrina foi a UEL". Além disso, ele destaca que o evento é uma oportunidade da população conhecer em detalhes as dezenas de ações, atividades e projetos desenvolvidos por professores e alunos em Londrina e região.
A nutricionista Jade Coltri e a mãe Terezinha de Oliveira estavam no stand da Divisão e Dietética do Hospital Universitário (HU/UEL). Eles informavam a população sobre o consumo excessivo de sódio. "É importante mostrar à população que é preciso valorizar os estudos desenvolvidos pelas universidades, inclusive com relação aos impactos positivos que a UEL traz para Londrina e região", afirmou Jade.
"Foi uma verdadeira aula. É muito bom e importante ver a quantidade de trabalhos e pesquisas que a UEL desenvolve e oferece", reforçou Terezinha Oliveira.
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